segunda-feira, abril 09, 2012

Artigo - Qual câmera eu compro?

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Bom dia!

Mais uma artigo escrito para a coluna de Fotografia da Revista Hoje.

abs,
Alex


Qual câmera eu compro?

Por Alex Hackmann1



A oferta, no mercado, de muitos modelos e marcas (e cada uma com sua promessa de uma foto perfeita obtida de forma fácil com um simples apertar de botão), acaba confundindo os interessados em adquirir uma câmera. Hoje, elas estão mais acessíveis, com tecnologia muito superior em relação a poucos anos atrás e com modelos acessíveis, monetariamente, a qualquer pessoa.
A primeira pergunta que você deve se fazer quando for escolher um novo equipamento, é o que você pretende fotografar, ou seja, qual será o seu uso. Seria uma câmera para levar para qualquer lugar e tê-la sempre junta? Seria uma câmera com qualidade de imagem melhor e com mais recursos? Ou você está pensando em excelência em qualidade? A câmera será para um uso amador, familiar, ou ainda, “despreocupado”? Ou então, você quer um resultado diferenciado, com possibilidades de uso específico ou, quem sabe, com possibilidades profissionais?
E, em segundo lugar, quanto você está disposto a investir?
Pense no que é importante para você, no que quer e quais situações pretende cobrir, sem esquecer de vislumbrar futuras necessidades. Pode parecer estranho, mas saber o que se quer fotografar leva à escolha correta.
Quando comprei minha primeira câmera, minha necessidade (e conhecimento)  resumia-se a ter um equipamento somente para captar imagens. Eu queria experimentar e aprender na prática. Usava-a, para registrar minhas viagens, momentos com família, etc. Não havia nenhuma exigência quanto à qualidade e funções. Na época, escolhi um modelo mais simples, acessível e fácil de carregar. Se essa for sua necessidade, hoje há diversos “modelos de bolso”, ou seja, máquinas indicadas para levar-se para qualquer lugar e, além de tudo, com custos convidativos.
Após esse período, quis aprender sobre fotografia e fiz exigências: qualidade de imagem superior, controles manuais como Av, Tv e M (A, S e M em outras marcas) e uma excelente qualidade em fotos do tipo macro (meu tipo preferido naquela época). Pesquisei modelos na internet e logo cheguei a duas ou três opções. Bastou ler um pouco mais, comparando os modelos, para decidir quanto gostaria de despender para chegar à escolhida.
Um ano depois de intensa aprendizagem, optei por uma câmera com um processamento de imagem mais rápido, qualidade de imagem superior em ambientes com pouca luz e uso de acessórios diversos. Aí iniciou minha necessidade de uso profissional. Parti para as DSLRs (câmeras com lentes intercambiáveis). Naquela procura, eu decidiria quanto à minha disponibilidade monetária, pesquisaria câmeras com as funções desejadas, procuraria ler na internet os reviews, as opiniões de usuários e os sites especializados. Baixaria as fotos de exemplo feitas com tal equipamento disponível na internet para análise e, se não soubesse usar os recursos da câmera, tiraria um tempo para aprendê-los. Se fosse hoje, procuraria uma câmera ainda com maior qualidade de imagem (saliento que, para mim, os controles manuais são fundamentais e é onde tenho a possibilidade de controle da fotografia. Aí viabiliza-se a fotografia mais autoral, mais criativa).
Finalizando, é importante o conhecimento dos aspectos aqui levantados. Afinal, de nada vale ter uma Ferrari se você não sabe dirigir. Concorda?

1Alex Hackmann é psicólogo e fotógrafo profissional. Ministra o Curso de Fotografia - Saindo do Automático - nas Faculdades Integradas de Taquara – Faccat, RS, Centro Municipal de Cultura de Gramado e outros locais.
Dúvidas, sugestões e críticas: aghackmann@yahoo.com.br