Mais uma artigo escrito para a coluna de Fotografia da Revista Hoje.
abs,
Alex
Qual
câmera eu compro?
Por Alex Hackmann1
A oferta, no
mercado, de muitos modelos e marcas (e cada uma com sua promessa de uma foto
perfeita obtida de forma fácil com um simples apertar de botão), acaba
confundindo os interessados em adquirir uma câmera. Hoje, elas estão mais
acessíveis, com tecnologia muito superior em relação a poucos anos atrás e com
modelos acessíveis, monetariamente, a qualquer pessoa.
A primeira
pergunta que você deve se fazer quando for escolher um novo equipamento, é o que você pretende fotografar, ou
seja, qual será o seu uso. Seria uma câmera para levar para qualquer lugar e
tê-la sempre junta? Seria uma câmera com qualidade de imagem melhor e com mais
recursos? Ou você está pensando em excelência em qualidade? A câmera será para
um uso amador, familiar, ou ainda, “despreocupado”? Ou então, você quer um
resultado diferenciado, com possibilidades de uso específico ou, quem sabe, com
possibilidades profissionais?
E, em segundo
lugar, quanto você está disposto a investir?
Pense no que é
importante para você, no que quer e quais situações pretende cobrir, sem
esquecer de vislumbrar futuras necessidades. Pode parecer estranho, mas saber o
que se quer fotografar leva à escolha correta.
Quando comprei
minha primeira câmera, minha necessidade (e conhecimento) resumia-se a ter um equipamento somente para
captar imagens. Eu queria experimentar e aprender na prática. Usava-a, para
registrar minhas viagens, momentos com família, etc. Não havia nenhuma
exigência quanto à qualidade e funções. Na época, escolhi um modelo mais
simples, acessível e fácil de carregar. Se essa for sua necessidade, hoje há
diversos “modelos de bolso”, ou seja, máquinas indicadas para levar-se para
qualquer lugar e, além de tudo, com custos convidativos.
Após esse
período, quis aprender sobre fotografia e fiz exigências: qualidade de imagem
superior, controles manuais como Av, Tv e M (A, S e M em outras marcas) e uma
excelente qualidade em fotos do tipo macro (meu tipo preferido naquela época).
Pesquisei modelos na internet e logo cheguei a duas ou três opções. Bastou ler
um pouco mais, comparando os modelos, para decidir quanto gostaria de despender
para chegar à escolhida.
Um ano depois de
intensa aprendizagem, optei por uma câmera com um processamento de imagem mais
rápido, qualidade de imagem superior em ambientes com pouca luz e uso de
acessórios diversos. Aí iniciou minha necessidade de uso profissional. Parti
para as DSLRs (câmeras com lentes intercambiáveis). Naquela procura, eu
decidiria quanto à minha disponibilidade monetária, pesquisaria câmeras com as
funções desejadas, procuraria ler na internet os reviews, as opiniões de usuários e os sites especializados.
Baixaria as fotos de exemplo feitas com tal equipamento disponível na internet
para análise e, se não soubesse usar os recursos da câmera, tiraria um tempo
para aprendê-los. Se fosse hoje, procuraria uma câmera ainda com maior
qualidade de imagem (saliento que, para mim, os controles manuais são
fundamentais e é onde tenho a possibilidade de controle da fotografia. Aí
viabiliza-se a fotografia mais autoral, mais criativa).
Finalizando, é
importante o conhecimento dos aspectos aqui levantados. Afinal, de nada vale
ter uma Ferrari se você não sabe dirigir. Concorda?
1Alex Hackmann é
psicólogo e fotógrafo profissional. Ministra o Curso de Fotografia - Saindo do
Automático - nas Faculdades Integradas de Taquara – Faccat, RS, Centro Municipal de Cultura de Gramado e outros locais.
Dúvidas, sugestões e críticas: aghackmann@yahoo.com.br
2 comentários:
Essa sou eu???
Oi, Scheila! Não, não é não...
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